Museu do Ferro de Passar

Museu do Ferro de Passar

Acervo

A coleção com mais de 1.000 ferros de passar, mostra a evolução deste utensílio ao longo da história, dos passadores em forma de caçarola das antigas dinastias chinesas, até os contemporâneos ferros elétricos a vapor.

O empresário Moacir Bogo, conhecido por apreciar antiguidades, garimpou ao longo de 12 anos os ferros de passar e criou o museu, que hoje ajuda a contar a história da humanidade, do ponto de vista do desenvolvimento da indústria e tecnologia, assim como dos hábitos e costumes das diferentes nações.

O Homem, suas Roupas e o Ferro de Passar

No momento em que o ser humano começou a substituir suas rústicas vestimentas de couro por roupas de algodão, surgiu a necessidade de obter mais conforto e dar uma melhor aparência a esses tecidos.

Tecidos plissados encontrados em túmulos, permitem afirmar que os egípcios conheciam instrumentos de passar quase dois mil anos antes de Cristo. Usavam gomas e passação a frio. Há registros que indicam também o uso de pesadas pranchas de bronze aquecidas.

Peças encontradas em escavações provam que alguns povos, dentre eles os escandinavos, praticavam o alisamento a frio desde os primórdios, com ossos, pedras e madeiras, hoje denominados brunidores.

Estampas e pinturas no Museu de Boston EUA, mostram que na China, entre 220 a.C. e 200 d.C., a dinastia Hang já usava o ferro de passar aquecido a brasas, um tipo caçarola com cabo de madeira, denominadas cassoletes. Os Romanos também usavam pranchas aquecidas, mas esta “sofisticação” caiu em desuso com a queda do Império.

Os Vikings, no período entre 800 e 1200, teriam sido os primeiros a utilizar alisadores de vidro. Nesse período usam-se também as calandras.

No séc. XII, os franceses já usavam roupas plissadas e especula-se que eram pregueadas a frio. Especula-se também que os holandeses teriam usado a passação a quente já no séc. XIII. Mas é no séc. XIV que a Europa efetivamente inicia a produção de ferros de passar forjados por ferreiros. E finalmente no séc. XV, com o domínio da fundição, a produção de ferros de passar fundidos ganhou grande impulso.
No séc. XVI os Italianos de Florença lançam a moda dos colarinhos, peitilhos e punhos de pregas. Surgem então o ferro de preguear e as tesouras de tiotar. E com a chegada efetiva do algodão na Europa no séc. XIX, abre-se a era do “ferro-placa”, que inunda o mercado com maciços de todos os tamanhos, decorados, aquecidos individualmente ou em grupo através de estufas.

No Brasil, os ferros de passar só aparecem no séc. XIX e eram utensílios tanto raros como valiosos.

Curioso é o fato de não haver registros de uso de brunidores ou ferros de passar nas culturas pré-colombianas.

Embora conheça-se esta cronologia, é difícil classificá-la com precisão, pois enquanto determinado modelo ganhava destaque num continente, em outro tornava-se obsoleto. Efetivamente, em pleno séc. XXI, enquanto alisadores elétricos a vapor são comprados via internet, na Índia, África e América do Sul ainda são fabricados modelos aquecidos a carvão.

Pode-se, portanto dizer que a trajetória do ferro de passar se divide em duas grandes fases: o alisamento a frio e a passação a quente.

Peças de Alisamento a Frio
Ferros de Passação a Quente
Utensílios de Usos diversos de Passação
Réplicas, Miniaturas e Decoração
Prós e Contras dos Diversos Modelo

Fonte: Museu do Ferro de Passar